Móbiles de areia
R$30,00
Edição: 1ª
Ano de publicação: 2012
Gênero: crônicas
Número de páginas: 156
Dimensões: 14 cm x 21 cm
Peso: 216 g
Idioma: português (Brasil)
Em estoque
Descrição
Móbiles de areia é o livro de estreia do poeta Evaldo Balbino no universo da prosa, mais precisamente no território da crônica. Compõe-se de 33 crônicas que revelam uma forte simbologia, cristalizando a presença do sagrado e da memória na sua produção literária. Para o autor, “falar é lutar contra a morte”. Ávido por palavras, Evaldo Balbino verbaliza com maestria sua experiência de ser e de estar no mundo e no tempo. As suas crônicas são tecidas em uma refinada prosa poética, atravessadas pela humildade e permeadas por imagens, lugares da memória e objetos biográficos. Por meio da geografia desnorteada do menino-adulto, uma pequena cidade que não mais existe, mas que resiste pelos corredores de pedras invencíveis, eterniza-se, como nas Memórias de Antônio de Lara Resende. O livro nos proporciona uma incursão pelo universo linguístico desse menino que, mesmo não as lendo, comia as palavras que foram ruminadas e transformadas em vício pelo adulto que dialoga com os seus poetas, escritores e filósofos e com os leitores. Ao falar do local, o cronista atinge o universal sem fazer do exercício literário a mera aplicação da teoria. Na faina do ofício poético, em que ler e escrever se misturam, Balbino extrai a matéria para as suas crônicas do cotidiano, das lembranças e das leituras de Platão, Santo Agostinho, Nietzsche, Safo, Luís de Camões, Olavo Bilac, Manuel Bandeira, Adélia Prado, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Rubem Braga, Manuel Bandeira, Octavio Paz, Julio Verne, Francesco Alberoni, Antonio Machado, Virginia Woolf, Monteiro Lobato, João Cabral de Melo Neto e tantos outros. O escritor também dá lugar ao mistério, ao humor e à recriação de um passado próprio e alheio. A última crônica, “Ao rés-do-chão”, como um epílogo, revolve a primeira e reforça a essência que permeia todo o livro: a palavra em estado poético, o barro enquanto origem, a humildade, a memória, o medo, o tempo, a morte, o sagrado, os desejos, as multiplicidades dos seres. (Elaine Martins)
Informação adicional
Peso | 0,216 kg |
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Dimensões | 15 × 21 × 5 cm |